O que é arquitetura vernacular? Compreenda o conceito e suas características.
A arquitetura vernacular refere-se à expressão arquitetônica específica de uma cultura ou região, adaptada às necessidades e recursos locais de seu povo.
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A arquitetura vernacular pode ser entendida como uma expressão arquitetônica de determinados povos e comunidades locais. Construída pelos próprios moradores através de técnicas tradicionais, ela se utiliza dos materiais disponíveis na região para criar um sistema integralmente ecológico. É o método arquitetônico mais antigo do mundo.
Com o desenvolvimento acelerado das grandes cidades e a urgência nas discussões sustentáveis, a arquitetura vernacular vem sendo revisitada pelos profissionais da área. É considerada hoje uma opção viável para a criação de projetos sustentáveis e mais conectados com a natureza.
Nesse artigo nos aprofundaremos na origem da arquitetura vernacular, seu desenvolvimento histórico e quais as principais características para identificarmos esse tipo de construção.
A arquitetura vernacular pode ser entendida como uma expressão arquitetônica particular de determinado povo. Dispensando arquitetos e outros profissionais legalmente habilitados, ela reforça a ideia de uma identidade cultural local. Trabalha com técnicas tradicionais passadas de geração em geração e utiliza materiais provenientes da própria região. É o método arquitetônico mais antigo do mundo.
Por se tratar de um conceito extremamente plural, a arquitetura vernacular não pode ser resumida da mesma forma que outros estilos arquitetônicos. Seus materiais e características variam, o que dificulta uma definição geral parecida com os outros tipos de arquitetura. Sua amplitude ocasiona até hoje eventuais debates entre profissionais e estudiosos da área.
Paul Oliver, importante historiador da arquitetura inglesa, defendeu que o conceito de arquitetura vernacular é melhor entendido quando exemplificado, não definido. Utilizemos, portanto, os iglus do Ártico e a Catedral de Campinas como dois exemplos de vernáculo. Fica nítida a disparidade quando os colocamos um ao lado do outro - mas, ainda assim, não deixam de ser edificações com sistemas vernaculares.
Diretamente influenciada pelas características climáticas, geográficas, culturais e pela biodiversidade local, temos na arquitetura vernacular inúmeras manifestações construtivas. Presentes ao redor do mundo e fiéis às suas respectivas regiões, compartilham muitas vezes similaridades com outros conceitos arquitetônicos. Essa sobreposição de conceitos reforça ainda mais as divergências entre os estudiosos e mantém viva a discussão em torno de sua definição.
Um bom ponto de partida para falarmos sobre arquitetura vernacular é a etimologia da palavra. Sabemos que o termo arquitetura provém do grego arkhitekton (ou “ciência da construção”), mas qual o significado de vernacular?
Segundo o Oxford Languages, vernáculo tem origem do latim vernaculus, que significa nativo. Esse é um termo da linguística utilizado para descrever idiomas particulares de cada região ou país. Na arquitetura, passa a representar as edificações locais, sem influências estrangeiras. É a linguagem arquitetônica carregada de dialetos e traços regionais, portanto, a "ciência nativa da construção".
Em seu livro Built to Meet Needs de 2006, o historiador Paul Oliver esboça uma possível definição desse método arquitetônico. “Todos os tipos de construções feitas por pessoas em comunidades tribais, folclóricas, camponesas e populares, na ausência de arquitetos ou outros especialistas”. O título do livro, inclusive, explica muito bem o maior objetivo de um vernáculo.
Em tradução livre, “construído para atender necessidades” resume de forma eficaz o propósito desse tipo de construção. Alinhada ao aspecto ambiental, a arquitetura vernacular prioriza a funcionalidade, praticidade e as demandas essenciais de seus moradores. Ela nasce basicamente para servir de abrigo e auxiliar na proteção. Seu formato é oposto ao que conhecemos como arquitetura erudita, que enaltece, por outro lado, o design e a estética.
A construção vernacular também estabelece uma relação amistosa com o meio ambiente. Nessa relação, o construtor vernacular é visto como parte do ecossistema e, portanto, responsável por modificá-lo respeitosamente. Não há segundas intenções ou objetivos que fujam de sua essência, fazendo dessa uma troca pacífica.
A dinâmica ambiental também está presente nos materiais utilizados na obra, já que todos eles são naturais e coletados do próprio local. O aspecto orgânico torna os materiais perecíveis e sujeitos à ação do tempo. Logo, podem ser devolvidos à natureza assim que a construção não for mais útil.
Falando em sustentabilidade, fica evidente que o sistema vernacular é repleto de fatores ecológicos. Esse é um dos modelos arquitetônicos mais promissores nesse quesito. Não à toa, muitos profissionais hoje buscam na arquitetura vernacular inspiração para seus planejamentos. Através da recente onda de construções sustentáveis, técnicas vernaculares ganharam espaço e passaram a ser mais valorizadas.
Veremos no próximo tópico que essa valorização nem sempre existiu. Contrária a ela, as discussões sobre arquitetura vernacular se iniciaram de forma depreciativa, sendo encarada como inferior aos outros modelos arquitetônicos.
História da arquitetura vernacular
A história da arquitetura vernacular acompanha desde muito cedo a história da evolução humana. Ainda na Pré-História, os grandes avanços gerados pelo Período Neolítico possibilitaram a transição do estilo de vida nômade para o sedentário. Essa transição gerou consequências significativas, o que influenciou a criação das primeiras aldeias e a construção de moradias fixas.
Tais moradias, como podemos deduzir, seriam os primeiros exemplos de construções vernaculares na história. Suas edificações buscavam por estruturas mais resistentes às anteriores, passando a utilizar desde pedras e barro até madeiras e folhagens. Os materiais eram recolhidos do próprio local e as técnicas construtivas - desenvolvidas de forma empírica - eram compartilhadas posteriormente entre os membros da família.
Um dos fatores que contribuiu para o fortalecimento da vida sedentária no Período Neolítico foi o crescimento da agricultura. A disposição de alimentos de forma fixa e segura possibilitou uma estadia definitiva para os povos nômades. Esse período também é referenciado como Revolução Neolítica por originar mudanças até hoje vistas em nosso cotidiano.
Quanto à arquitetura vernacular, é dito que grande parte das edificações anteriores à metade do século XVII foram construídas através desse método. Isso porque não existia até então nenhuma forma de ensino formal sobre o assunto, tão pouco profissionais na área.
Apesar de pré-histórica, a arquitetura vernacular demorou para ser vista como um objeto de estudo. Na realidade, foi só na segunda metade do século XIX que a primeira menção acadêmica surgiu sobre o assunto. E, como sinalizamos no final do tópico anterior, não era das mais positivas.
O termo "vernacular" é usado pela primeira vez na arquitetura em 1857, pelo arquiteto inglês George Gilbert Scott. Em seu livro Remarks on Secular & Domestic Architecture, Present & Future, ele expõe seu ponto de vista perante as construções vernaculares da época.
Sendo parte ativa do movimento arquitetônico neogótico, Scott via as manifestações em vernáculo como inferiores ao estilo que tentava disseminar.
Tratando o conceito com denotação pejorativa, ele criticava o estilo da arquitetura vernacular inglesa e argumentava ser “indigno” da civilização daquele período. Sua maior discordância estava nas construções ditas "espontâneas", em que "nenhuma influência externa era exercida". Prestigiava, no entanto, as manifestações vernaculares mais nobres.
Os primeiros sinais da valorização dos vernáculos apareceram apenas no século XX. Um dos episódios responsáveis por essa virada de chave se deu em 1964, no MoMA.
Elaborada pelo arquiteto Bernard Rudofsky, a exposição Architecture Without Architects era composta por 200 fotografias em preto e branco. Nas fotografias, registros de manifestações vernaculares encontradas mundo afora. Seu objetivo era quebrar as limitações das artes construtivas, introduzindo o mundo das "arquiteturas sem pedigree".
Para o arquiteto, os vernáculos eram fruto de atividades espontâneas e contínuas. Seus construtores compartilhavam uma origem em comum e não apresentavam especialização formal no assunto. Ele defendia que esse tipo de arquitetura trazia evidências tangíveis de formas mais humanas e inteligentes de viver.
As cidades produzidas por técnicas vernaculares agora eram vistas como representações utópicas de sociedade. O que antes era encarado como arcaico, agora era lido como solução funcional e resistente ao tempo.
“Além disso, há uma compreensão instintiva nesse tipo de arquitetura que não temos hoje. Os construtores vernaculares não arriscam o bem-estar geral em busca de lucro ou progresso. Eles sabem que um progresso que não leva em conta as necessidades humanas é autodestrutivo.” (Bernard Rudofsky, 1964 - tradução nossa)
Apesar de muito criticada, a exposição se tornou uma das mais bem sucedidas na história do MoMA.
Não tardou até que aspectos vernaculares passassem a ser identificados em novos movimentos arquitetônicos. Frank Lloyd Wright, por exemplo, foi um dos grandes admiradores de vernáculos. Através deles, estabeleceu o conceito que conhecemos hoje como arquitetura orgânica. Uma arquitetura inspirada e idealizada como parte da natureza.
Wright via a arquitetura vernacular como construções populares adaptadas ao ambiente. Seus construtores não exerciam conhecimento profissional e atuavam em resposta às necessidades da comunidade. Por esse motivo, as construções eram moldadas de forma natural e nativa.
Além de Wright, outros arquitetos também ampliaram seus campos de estudo e viram na arquitetura vernacular novas formas de desenvolvimento. Entre as mais diversas motivações, a sustentabilidade era um dos grandes destaques. Esse foi o período em que a preocupação ambiental ganhou força no mundo. Em 1972, principalmente, através da Conferência de Estocolmo realizada pela ONU.
Apesar de mais valorizada hoje, a arquitetura vernacular ainda carrega algumas marcas históricas. Criou-se no senso popular que determinadas construções são mais legítimas e aceitas que outras. Na grande maioria das vezes, o vernáculo é lido como “ilegítimo”.
Além de reconhecermos a sustentabilidade desse método arquitetônico, é igualmente importante avaliarmos sua importância histórica. Os vernáculos representam os diversos povos locais ao redor do mundo e registram os aspectos climáticos, geográficos e culturais de suas regiões.
Características da arquitetura vernacular
Vimos no decorrer do artigo que a arquitetura vernacular é múltipla e não pode ser padronizada por características ou materiais específicos. Mesmo que essa afirmação seja verdade, ainda podemos identificá-la através de outros aspectos mais generalizados que não ameacem sua pluralidade.
Abaixo elencamos algumas das principais características da arquitetura vernacular e como elas são encontradas nessas edificações.
Identidade
A arquitetura vernacular é a identidade cultural de povos locais.
Com auxílio da etimologia da palavra, aprendemos que vernacular é um termo da linguística que procura designar a linguagem de povos locais. Quando usado pela arquitetura, passa a enxergar as edificações também como uma linguagem. Elas representam os valores étnicos, regionais e locais de seus criadores.
Em outras palavras, os vernáculos se tornam um símbolo dos povos locais por carregarem aspectos culturais em sua construção. As manifestações arquitetônicas acontecem de forma exclusiva para cada comunidade, gerando uma identidade única encontrada apenas em regiões similares.
Ausência de profissionais
A arquitetura vernacular é a arquitetura antes do arquiteto.
Como já destacamos anteriormente no artigo, um dos grandes fatores que diferenciam a arquitetura vernacular de outros “estilos” é a ausência de arquitetos. Esse é um dos pontos definitivos para reconhecermos quando uma edificação é vernacular ou não.
Os processos construtivos de um vernáculo surgem de forma empírica, através de construtores sem conhecimentos formais na área. Eles aprendem os métodos construtivos com base na observação do local e dos materiais disponíveis na região. Não há um planejamento oficial pois não há uma disciplina padronizada para esse método, muito menos um projeto arquitetônico pré-definido.
Tradição
As técnicas vernaculares fazem parte da tradição de um povo.
Na ausência de arquitetos, os povos locais desenvolvem soluções vernaculares que atendem a comunidade e respeitam o meio ambiente. A longo prazo, essas soluções se tornam uma tradição para aquele povo, que repassa suas técnicas construtivas como herança às próximas gerações.
Seu caráter tradicional também reafirma a identidade cultural local, estimulando ainda mais a importância histórica dos vernáculos no mundo. É um erro, portanto, tentar classificar as construções de acordo com seu formato, tecnologia ou durabilidade. A tradição e os contextos culturais são os reais fatores determinantes.
Pluralidade
Manifestações vernaculares são plurais e encontradas em todo o mundo.
A arquitetura vernacular acumulou durante os anos uma variedade extremamente ampla de materiais e técnicas construtivas. Encontradas em todas as partes do mundo, as edificações espelham as peculiaridades de cada região e são desenvolvidas com adaptação máxima ao ambiente.
Sua diversidade nasce de acordo com as características geográficas, climáticas e culturais do local. Os materiais utilizados e as técnicas construtivas variam de acordo com a disponibilidade da região. Para cada localização, há uma combinação diferente de elementos. A padronização desse tipo de arquitetura é, portanto, equivocada, já que sua pluralidade não se encaixa em uma só descrição.
Sustentabilidade
Toda arquitetura vernacular é sustentável, mas nem toda arquitetura sustentável é vernacular.
O aspecto ecológico da arquitetura vernacular não é o fator determinante para sua construção. Na verdade, ele é a consequência das atividades de sobrevivência daquele povo.
Os construtores vernaculares fazem do meio a principal influência na execução da casa. Integrados ao ecossistema, o modificam apenas quando preciso. Essa característica influencia abertamente a organização social da comunidade e seu baixo custo habitacional.
Os fatores sustentáveis da arquitetura vernacular a transformaram em um recurso benéfico para o futuro - principalmente com o fortalecimento das discussões ambientais. Ainda em 1997, o historiador Paul Oliver já apontava os vernáculos como uma solução para o equilíbrio cultural e econômico. Para ele, todas as formas de vernáculo atendem necessidades específicas e acomodam valores, economias e os modos de vida de culturas diversas.
Exemplos de arquitetura vernacular no mundo
Ao longo do artigo, entendemos que os resultados de uma arquitetura vernacular dependem essencialmente do local onde está inserida. As características climáticas, geográficas e culturais da região são diretamente influenciáveis e determinam os materiais e as técnicas a serem utilizadas. Nos exemplos abaixo, destacamos as diferenças entre algumas das construções vernaculares espalhadas pelo mundo.
Iglu
Os iglus são vernáculos habitacionais construídos pela nação indígena inuit. Chamados também de “casas de neve”, são encontrados principalmente nas regiões do Ártico Central, Canadá e Groenlândia e existem há séculos. Podem ser utilizados pelos moradores de forma temporária ou permanente, para caça ou como residência familiar fixa. São encontrados em tamanhos diferentes e chegam a abrigar cerca de 20 pessoas.
O material utilizado na construção dos iglus é uma de suas grandes características. Composto basicamente de blocos de neve, ele gera um isolamento térmico que mantém seu interior aquecido. Variações dessa técnica podem ser encontradas entre outros povos inuit, dependendo da região. Uma delas, por exemplo, inclui a cobertura por peles de animais na parte interior da edificação.
Seu design externo também chama a atenção e é outra de suas grandes características. Idealizado em formato de redoma, tem como objetivo evitar o acúmulo de neve no topo da casa. A forma arredondada garante que pesos indesejados não ameacem sua estrutura. Os vernáculos tendem a ser construções funcionais que priorizam as demandas dos moradores. Os iglus são um ótimo exemplo desse sistema, além de também espelharem as necessidades climáticas, geográficas e culturais de sua região.
Grande Mesquita de Djenné
A Grande Mesquita de Djenné é o maior edifício em adobe que se tem registro no mundo. Com aproximadamente 16 metros de altura, está localizada em Mali e foi idealizada pelo rei Koi Konboro. Documentos sugerem que sua construção aconteceu entre os séculos XIII e XIV, mas não há registros que apontem uma data precisa.
Durante a história, conflitos políticos, ideológicos e climáticos conduziram a mesquita por uma série de mudanças. Chegou a ser demolida no início do século XIX e reconstruída no início do século XX. A natureza orgânica do material utilizado também contribuiu nesse sentido.
Os tijolos de adobe eram feitos em um processo artesanal e aplicados de forma rudimentar. Na composição, incluíam argila, palha, esterco e outros componentes naturais. Para muitos estudiosos, a mesquita é a maior manifestação arquitetônica do estilo sudano-saheliano no mundo. Ativa até hoje, ela conta com o auxílio de toda a comunidade para uma manutenção anual de sua estrutura. É um dos marcos mais importantes do continente africano e foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1988.
Tulou
Abrigadas ao sudeste da província de Fujian, tulous são construções rurais tradicionais do povo chinês Hakka. Construídas em meio a campos de arroz, chá e tabaco, são datadas dos séculos XII ao XX e edificadas principalmente com terra compactada. Suas dimensões permitem hospedar cerca de 80 famílias, tornando a construção um ambiente comunitário.
O formato e a altura dos tulous se destacam quando vistos de longe. Comumente circulares ou retangulares, as construções podem alcançar de 3 a 5 andares. Tem paredes espessas e um porte fortificado - resultado dos materiais utilizados na obra. Pedras, madeiras e bambu são alguns dos componentes que integram essa edificação.
Conversando com o clima e o relevo montanhoso da região, tulous são idealizados em estruturas leves e bem ventiladas. Protegem os moradores de terremotos e se ajustam às temperaturas externas: é aquecido no inverno e fresco no verão.
Em 2008, 46 construções tulou entraram para a lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Segundo a organização, tulous são exemplos notáveis de uma relação harmoniosa com o meio ambiente. O senso de equidade entre os moradores é refletido na própria arquitetura. As residências são divididas igualmente e o formato circular preserva o espírito tradicional de comunidade.
Casas de turfa
Do islandês torfbæir, as casas de turfa são construções vernaculares tradicionais da Islândia e estão espalhadas pelo país há séculos. Seu contexto histórico se inicia com a colonização viking em meados do século IX que acelerou o desmatamento das árvores bétula. Correspondendo a 30% da ilha, elas atuavam como principal matéria-prima para a construção das casas.
Dada a escassez de materiais, os habitantes se viram forçados a buscar por novas soluções construtivas. O relevo montanhoso e o clima gélido islandês exigiam que as edificações apresentassem isolamento térmico e que acompanhassem suas características geográficas. As turfas chegam como resposta para essa busca. Abundantes na região e com grande potencial construtivo, rapidamente foram adotadas para as novas arquiteturas islandesas.
Turfa é um material vegetal produzido organicamente pela decomposição parcial de outros restos vegetais. As casas de turfa mais tradicionais eram edificadas com uma base de pedras, cobertas em seguida por paredes de turfa e mais pedras. O telhado era coberto por grama e a fachada, decorativa, feita em madeira.
As casas em turfa poderiam apresentar diferentes materiais e técnicas construtivas dependendo da região. Com a adição das turfas, as construções garantiam o isolamento térmico desejado e fugiam do clima severo insulano.
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